sexta-feira, 30 de novembro de 2012

O medo e a dúvida, causam em mim o mesmo que uma farpa num dedo.
Pica e a sua dor branca e intensa, permanece no meu corpo...
Apercebo-me que todos os meus desejos e alegrias foram em vão.
Tudo o que senti não leva senão ao mesmo,
A uma vida sem sentido.
Hoje, sinto-me perdido.
Sou um barco sem rumo, que flutua, levado pelas ondas.
O meu destino existe para lá do inexistente,
É um paraíso repleto de demónios, negros como a noite.
O medo e a dúvida, causam em mim o mesmo que a vida...

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

Hoje a lua ergue-se bem alto no céu.
Há um ano atrás também o fazia.
Pouco mudou desde que foste embora.
O céu continua azul,
Os pássaros continuam a cantar.
E como sempre,
A lua continua solitária,
Lá em cima no seu trono.
A vida passa devagar,
E depressa os sonhos se transformam em nada.

terça-feira, 27 de novembro de 2012

Odeio a palavra " futuro ".
Detesto o facto de se presumir que existe algo depois do instante...
É horrível teres de te preocupar com um tempo que pode não passar disso...
Um tempo.
É subjectivo e irreal e podes chegar a não o viver.
Estas reticências da vida fazem com que me sinta enclausurado.
Preso dentro de quatro paredes que nem sequer existem !
Ridículo não é ? Tal e qual como a vida...
Olho a minha volta todos os dias, tudo o que quero é um sinal.
Alguma coisa que me diga que és real e que és mais do que uma invenção do meu subconsciente.
Nem a isso tenho direito ? A uma coisa tão simples e ridícula como um " Olá, estou aqui. Sou eu que procuras."
A cada dia que passa começo a fartar me mais um pouco.
Sim, percebeste bem... fartar.
É isso que me está a acontecer e mesmo assim tu continuas calada e silenciosa.
Imóvel como uma árvore numa floresta imaginária, onde o nada é tudo, o impossível possível e onde subitamente o céu deixa de ser o limite.
Espero que esta floresta exista... ao contrário de ti.